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sábado, 10 de dezembro de 2016

" O misterioso buraco nas nuvens" , Skypunch

Durante décadas os cientistas especularam sobre as origens dos misteriosos buracos e canais em nuvens observados em formações em latitudes médias. Em 2009, uma estranha nuvem em forma de disco voador vista sobre Moscovo aumentou ainda mais a curiosidade sobre esse fenômeno.

Os skypunch (buracos nas nuvens), como foram popularmente batizados estes fenômenos meteorológicos (há falta de um termo mais científico), são enormes buracos que se formam em determinados tipos de nuvens, mais concretamente nos cirro-cúmulos e altos-cúmulos tais orifícios são formados quando a temperatura da água nas nuvens está abaixo de zero, mas a água não está congelada devido à ausência de partículas de nucleação de gelo.
Quando se formam cristais de gelo, inicia-se um efeito dominó, causando gotículas de água em torno desses cristais - isso deixa um buraco grande, geralmente circular na nuvem. 
Até à data são pouco conhecidos e muitas vezes foram confundidos ou atribuídos a Ovnis, mais isso está muito longe da realidade. A natureza do nosso planeta ainda tem muitas surpresas por descobrir, e esta é uma delas.

- Riscos do fenômeno Skypunch : 

São espetáculo para que os observa, porém também podem esconder um perigo, que é poderem gerar uma breve mas intensa chuva de cristais de gelo, algo que felizmente é apenas ocasional. O destino dos cristais de gelo pode ser o solo, ou então evaporarem-se antes de chegarem ao chão, dependendo da temperatura ambiente.

É muito provável que a origem destes buracos no céu sejam os cristais de gelo deixados pela passagem dos aviões, devido à diferença de pressão produzida pelas suas asas e que formam longas cadeias destes cristais na sua esteira, os quais se precipitam e caem, atravessando as nuvens e provocando esta interessante reação.

O processo é semelhante ao usado na semeadura química de nuvens, em que a dispersão de partículas sólidas, geralmente de iodeto de prata ou de gelo seco (CO2), provoca a condensação das gotículas de água, desequilibrando a estrutura da nuvem e forçando a chuva a cair. No caso dos aviões, sua passagem diminui abruptamente a temperatura do ar atrás das hélices ou acima das asas, fazendo com que as gotículas congelem espontaneamente. Isso forma os cristais de gelo que servem como núcleos de condensação, dando início – literalmente – a um processo em bola de neve que produz buracos ou canais nas nuvens que continuam a se expandir durante horas, aumentando a precipitação dentro e abaixo delas.


Os buracos nas nuvens formam-se quando estes encontram temperaturas abaixo de zero, mas a água que contêm não chega a congelar por se produzir um fenômeno de sobrefusão (quando um líquido está abaixo da sua temperatura de congelação mas sem chegar a solidificar-se), pois não existem “núcleos semente” para iniciar o processo de congelação. A partir do momento em que se formarem os primeiros cristais, irá iniciar-se uma reação em cadeia que irá evaporar as gotas de água que rodeiam estes cristais (processo de Bergeron), formando então o característico vazio circular na nuvem.


















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